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Teoria das Restrições: O Que diz e quais os passos envolvidos?

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Por IMAM em 16 de julho de 2024

 

E se o seu método de gestão focasse em identificar e superar os possíveis gargalos que limitam a capacidade de atingir os objetivos empresariais? Esse é basicamente o princípio da Teoria das Restrições (TOC).

Para entender melhor, imagine uma linha de produção. Se uma das máquinas nessa linha opera mais lentamente que as outras, ela se torna a restrição. Portanto, não importa o quanto você acelere as outras máquinas; a produção total da linha estará limitada enquanto a máquina lenta não for otimizada.

Diante disso, a TOC ensina a identificar essas restrições e, mais importante, a direcionar recursos e energia para superá-las. Sentiu interesse em saber mais sobre o assunto? Continue a leitura e acompanhe:

  • O que diz a Teoria das Restrições?
  • O que é uma restrição na empresa?
  • Quais são os princípios básicos da Teoria das Restrições?
  • Quais são os 5 passos da Teoria das Restrições?

O que diz a Teoria das Restrições?

A Teoria das Restrições (TOC) é uma abordagem de gestão empresarial. Ela se concentra em identificar e gerenciar os pontos críticos que limitam a performance de uma organização.

Isto é, a TOC acredita que toda corporação tem, em qualquer momento, pelo menos uma restrição que impede o crescimento. Por exemplo, a multinacional Unilever identificou que seu gargalo estava no tempo de inatividade das linhas de produção durante a troca de produtos.

Sendo assim, ao aplicar a TOC, a Unilever focou em otimizar esse processo de troca, reduzindo o tempo ocioso. Como resultado, ela aumentou consideravelmente a capacidade produtiva e a eficiência operacional.

O que é uma restrição na empresa?

Uma restrição na empresa é qualquer elemento ou fator que limita a capacidade de alcançar os objetivos organizacionais com eficiência. Essas restrições podem ser de diferentes tipos, como:

  • recursos físicos;
  • capacidades de processos;
  • políticas internas;
  • restrições externas do mercado;
  • etc.

Quais são os princípios básicos da Teoria das Restrições?

A Teoria das Restrições é baseada em três princípios fundamentais, como:

Convergência

Esse princípio fala da ideia de focar em um ponto específico, como na restrição principal que reduz a atuação de todo o sistema. Logo, ao concentrar os esforços em uma única restrição, a complexidade do sistema é limitada, tornando-o mais gerenciável.

Em outras palavras, o impacto positivo se espalha pelo sistema inteiro. Assim, pequenas mudanças em um ponto podem levar a grandes melhorias gerais.

Consistência

Consistência significa que todas as partes do sistema devem funcionar baseadas em princípios corretos e alinhados. Afinal, se houver uma premissa incorreta, ela causará conflitos e ineficiências.

Portanto, garantir que todas as suposições e premissas são consistentes e baseadas em dados corretos pode evitar conflitos e melhorar a tomada de decisões. Por exemplo, imagine que uma empresa de tecnologia desenvolve um novo produto.

Se a equipe de marketing assume que o item será lançado em seis meses, enquanto a equipe de desenvolvimento prevê um prazo de um ano, surgirão conflitos.

Respeito

O princípio de respeito implica reconhecer a contribuição e o potencial positivo de cada indivíduo dentro da organização. Isso porque ao valorizar seus colaboradores, a empresa cria um ambiente de trabalho mais positivo, motivador e colaborativo.

Por exemplo, o princípio de respeito reconhece que todos podem cometer erros, mas essas falhas são oportunidades de aprendizado e crescimento.

Quais são os 5 passos da Teoria das Restrições?

Os 5 passos da Teoria das Restrições são uma metodologia estruturada para identificar, resolver e explorar as restrições que reduzem a capacidade corporativa. Entenda:

1. Identificar a restrição (gargalo)

Determine qual parte do processo ou recurso diminui a performance geral da empresa. Faça isso ao analisar onde ocorrem atrasos consistentes, estoques elevados ou capacidade não utilizada.

Por exemplo, uma fábrica de automóveis pode identificar que a estação de pintura atrasa regularmente a linha de produção devido à baixa capacidade de processamento.

É possível perceber essa restrição porque havia frequentes paradas na linha de montagem. Isso é visto com precisão ao utilizar métricas de tempo de ciclo e análise de fluxo de trabalho, por exemplo.

2. Explorar a restrição

O segundo passo é explorar a restrição para posterior resolução do problema. A exploração ocorre ao modificar processos, realocar recursos ou otimizar o uso da capacidade existente para maximizar a produção ou serviço, por exemplo. Inicialmente, é indicado explorar com os recursos já existentes, sem investir em novos.

3. Subordinar tudo ao gargalo

Subordinar tudo ao gargalo significa que todas as atividades e decisões na empresa são priorizadas conforme a capacidade do gargalo identificado. Isso envolve ajustar todos os processos, programações de produção e alocação de recursos.

O objetivo é assegurar que o gargalo não seja sobrecarregado e que o fluxo de trabalho, seja maximizado.

4. Elevação da restrição

Após subordinar todas as atividades ao gargalo e garantir sua eficiência máxima, a empresa identifica oportunidades específicas de melhoria na capacidade desse ponto crítico. É possível alcançar esse propósito com investimentos em:

  • tecnologia;
  • expansão física;
  • treinamento de pessoal;
  • outras melhorias direcionadas para aumentar a capacidade do gargalo.

Para entender melhor, pense no seguinte: uma fábrica de móveis identificou que a capacidade de sua linha de montagem era o gargalo. Com isso, ela investiu em novos equipamentos automatizados, que aumentaram a velocidade e eficiência da montagem. Essas ações podem aumentar o potencial da linha de montagem.

5. Prevenir a inércia

É indispensável melhorar continuamente o sistema ao identificar novas restrições. Afinal, as corporações operam em ambientes dinâmicos e competitivos, onde novas restrições podem surgir por mudanças no mercado, tecnologia ou processos internos.

Diante disso, ao sempre resolver novas restrições, a empresa descobre novas oportunidades de inovação que impulsionam o crescimento e a competitividade a longo prazo.

Ou seja, a Teoria das Restrições oferece às empresas uma abordagem sistemática e eficaz para identificar, gerenciar e superar os gargalos que limitam seu desempenho. Logo, implementar os princípios da TOC melhora a capacidade de uma empresa alcançar suas metas financeiras e operacionais.

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