23 a 25 de SETEMBRO de 2025

PAVILHÃO AMARELO
EXPO CENTER NORTE - SP

IMAM fecha a INTRA-LOG com panorama 360°: tendências, diagnóstico do mercado e uma metodologia para acelerar a automação

IMAM fecha a INTRA-LOG

Compartilhe

A falta de estratégia, apontada como principal entrave por pesquisa do setor, e a necessidade de avanços em estoques, transporte e armazenagem nortearam as palestras de encerramento do evento.

No último dia da INTRA-LOG, três vozes da IMAM Consultoria — Reinaldo Moura (criador e fundador do Grupo), Sidney Rago (diretor e head de Estratégias e Performance) e Eduardo Banzato (diretor da empresa e embaixador da INTRA-LOG) — amarraram o evento abordando onde estamos, o que o mercado diz e como transformar intenção em implementação.

Moura abriu com uma “visão holística da supply chain”, situando intralogística como parte de um ecossistema maior (supply chain → logística → intralogística) e mapeando o estado da arte em automação. Da evolução do Toyota Production System ao termo “intralogística” cunhado na Europa nos anos 2000, ele conectou tecnologias que já deixaram o laboratório: AGVs/AMRs, robótica de picking por visão computacional, shuttles, mini-loads, empilhadeiras autônomas, IoT, gêmeos digitais, IA analítica e blockchain para rastreabilidade.

“O que todos buscamos é visibilidade end-to-end. Isso exige integração entre processos, dados e decisão — de 5G a IA, passando por robôs e sensores, tudo já está disponível, não é mais futuro distante”, pontuou. Ao mesmo tempo, foi realista: “Empilhadeiras convencionais e elétricas seguirão essenciais em pátios, cargas heterogêneas e ambientes externos. A automação cresce, mas a operação híbrida permanece.”

Na sequência, Rago apresentou resultados de uma pesquisa com 554 respondentes (12% C-level; 30% gerentes; 28% supervisores/coordenadores; 30% analistas) que radiografou prioridades e gargalos da transformação logística no Brasil. Para 61%, o que mais atrasa projetos de automação é falta de estratégia e planejamento; em seguida, carência de mão de obra qualificada. Na pergunta sobre onde a tecnologia é mais urgente, houve “empate técnico”: gestão de estoques (32%), transporte e roteirização (32%) e armazenagem (26%) — coerente com o peso desses custos.

Sobre tecnologia de maior impacto prático hoje, o WMS apareceu em primeiro lugar, seguido por RFID/sensores e IA/AMRs. “A IA já está na mesa, mas o alicerce continua sendo processo e dados confiáveis”, sintetizou. Em excelência operacional, as maiores barreiras citadas foram falta de conhecimento e de engajamento das lideranças. “A decisão final ainda é humana. A IA apoia — e muito —, mas sem liderança e método, a adoção não escala.”

Fechando o bloco, Banzato apresentou uma metodologia da IMAM para acelerar a automação com base em inteligência humana + inteligência artificial, estruturada num ciclo PDCA e ancorada em dois eixos: gestão competitiva (Lean, Six Sigma, WCM, Agile) e tecnologias habilitadoras (gêmeos digitais, visão computacional, IA, orquestração, automação, sensores, drones).

O caminho proposto começa por diagnóstico e mapeamento de competências (“tirar a fotografia real dos times”), segue para análise sistêmica de causas (como “árvore da realidade atual”), formação e reforço de times, priorização alinhada à estratégia e, então, desenho de soluções com tecnologia — sempre com viabilidade menos “rasa” e visão de médio/longo prazo. “O problema das soluções simples é que elas funcionam — e nos acomodam. O diferencial competitivo vem de soluções integradas, mais exigentes, mas alinhadas à estratégia”, disse. E concluiu: “Capacite pessoas para que elas reconheçam tecnologia, proponham usos criativos e sustentem a transformação. Estabilidade e inovação precisam rodar em ciclo.”

Os executivos deixaram uma mensagem convergente: estratégia clara, liderança engajada, dados confiáveis, esquipe preparada e implementação por etapas. Como resumiu Moura, “a tecnologia já está no chão de fábrica e no armazém — o desafio agora é a orquestração”. Rago reforçou que estoques, transporte e armazenagem seguem como frentes prioritárias, e Banzato mostrou como metodologia + competências + tecnologias se traduzem em projetos com ROI e tração. Entre o “o que há de novo” e o “como fazer”, a última manhã do fórum entregou um roteiro concreto para 2026.

Inscreva-se em nossa Newsletter

Leia também

SAIBA MAIS

Cadastre seu melhor email para receber mensalmente as nossas newsletters: